o
mundo das drogas
Intitulamos “droga” qualquer
substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias,
etc., desde um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo
uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos
alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o
cigarro, e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.
As drogas psicoativas são substâncias naturais ou
sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma
(ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente
sanguínea e atingem o cérebro alterando
todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações a usar drogas?
Pesquisas
recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar
drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de
fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude
que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou
agüentar situações difíceis, hábito, dependência (comum), rituais, busca por
sensações de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de
acesso e obtenção.
CIGARRO
Há
pelo menos dez mil anos antes de Cristo, índios da América Central já
utilizavam o tabaco em forma de cigarro em rituais religiosos. Já em nosso
país, relatos mais antigos apontam que, em 1556, o capelão da primeira
expedição francesa ao nosso país observou esta prática entre os tupinambás.
O cigarro começou a ser fabricado a
partir de 1840 e, quarenta anos depois, foi criada uma máquina capaz de enrolar
um grande número de cigarros por minuto, propiciando a sua popularização.
Apesar de visível, o fato de que este provoca dependência e seu uso pode
desencadear em uma gama de doenças foi reconhecido somente em meados do século
vinte.
Atualmente, são aproximadamente 1,2
bilhão de fumantes em todo o mundo, sendo que 38 milhões destes vivem no
Brasil.
Uma das mais de 4500 substâncias que
um único cigarro contém – a nicotina – interage com receptores neurais, que
liberam substâncias como a dopamina, acetilcolina, serotonina e betaendorfina,
conferindo uma sensação de prazer imediata.
Mais viciante que drogas como o
álcool, cocaína, crack e morfina; a nicotina atinge o cérebro em até vinte
segundos: tempo bem mais rápido que o princípio ativo de qualquer outra destas
drogas. Assim, a probabilidade de um indivíduo se tornar dependente da nicotina
é muito alta, com crise de abstinência bastante incômoda, que geralmente se
inicia minutos depois do último trago, sendo as grandes responsáveis pela
dificuldade de um fumante em interromper o uso do cigarro. Esta situação é tão
séria, e triste, que não é raro vermos pacientes fumantes em estágio terminal,
implorando desesperadamente por mais um trago.
Gás carbônico, monóxido de carbono,
amônia, benzeno, tolueno, alcatrão, ácido fórmico, ácido acético, chumbo,
cádmio, zinco, níquel dentre muitas outras substâncias são encontradas no
cigarro. Estas são responsáveis pelo aumento dos riscos que estes indivíduos
têm de desenvolver problemas de saúde como cânceres, doenças coronarianas, má
circulação sanguínea, enfisema pulmonar, bronquite crônica, derrames cerebrais,
úlceras, osteoporose, impotência, catarata.
Como algumas destas são liberadas no
ar, juntamente com a fumaça, pessoas que convivem com fumantes estão também
sujeitas. Há também a tromboangeíte obliterante, doença de ocorrência única
entre fumantes, e que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose
dos tecidos.
Além disso, o cigarro é considerado o
maior poluente de ambientes domiciliares; é responsável pela derrubada de
árvores e queimadas em prol do plantio do fumo e fabricação de lenha para
abastecimento de fornalhas para o ressecamento das folhas; contamina os solos
pelo uso de agrotóxicos; e é o causador de inúmeras queimadas, graças ao
descarte indevido de suas bitucas.
Diante destes fatos, não é de se
admirar que o cigarro seja considerado um dos maiores problemas de saúde
pública (e ambiental) que nossa sociedade enfrenta na atualidade.
Cafeína
A
cafeína é um composto químico, classificado como alcalóide, pertencente ao
grupo das xantinas, além de atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a
produção de suco gástrico, decorrente da alteração metabólica ocasionada pela
mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína favorece o estado de
alerta.
A cafeína é a droga mais consumida no
mundo e é encontrada em uma grande quantidade de alimentos, como chocolate,
café, guaraná, cola, cacau e chá-mate, é possível encontrá-la também em alguns
analgésicos e inibidores de apetite. O valor nutricional da cafeína está ligado
apenas ao efeito excitante.
Em excesso, a cafeína pode ocasionar
alguns sintomas como irritabilidade, agitação, ansiedade, dor de cabeça e
insônia.
Devido ao estímulo acima mencionado
que esta droga proporciona alguns efeitos comprovados, como aumento da atenção
mental, aumento da concentração, melhoria do humor, diminuição da fadiga.
Segundo estudos dez gramas, em média,
de cafeína é uma dose letal para o homem, e em uma xícara de café são
encontrados cem miligramas de cafeína.
Apesar de ser utilizada para solucionar problemas cardíacos, ajudar pessoas com
depressão nervosa decorrente do uso de álcool, ópio, a cafeína é uma droga que
causa dependência física e psicológica, uma vez que para estimular o cérebro
utiliza os mesmos mecanismos das anfetaminas, cocaína e heroína. Os efeitos da
cafeína são mais leves, porém manipula os mesmos canais do cérebro, uma das
razões que pode levar as pessoas ao vício.
Clorofórmio.
O clorofórmio, conhecido também por triclorometano, é um líquido
incolor e volátil que produz efeito anestésico, por ser muito volátil absorve
calor da pele. O que ocorre é que com a temperatura reduzida, os nervos
sensitivos não exercem suas funções e a sensação de dor também é diminuída. Descoberto em 1831, o clorofórmio substituía
o álcool por provocar euforia e desinibição. Foi utilizado como anestésico em
cirurgias e partos. O que fez com
que os médicos o abandonassem como
anestésico em cirurgias e partos foi a comprovação de que esta droga poderia
ocasionar morte súbita por depressão circulatória. O clorofórmio produz
dependência e suas principais vias de contato compreendem a ingestão, a
inalação e o contato dérmico.Se ingerido pode causar queimadura na boca e
garganta.a, dor no peito e vômito, em grande quantidade pode ser letal. Provoca irritação à pele, olhos e trato
respiratório. Atinge o sistema nervoso central, rins, sistema cardiovascular, e
fígado. Pode causar câncer dependendo do nível e da duração da exposição. O clorofórmio é usado ilegalmente por
um grande número de meninos de rua e estudantes de primeiro e segundo graus,
por ser volátil, evapora à temperatura ambiente, sua inalação é facilitada; é
popularmente conhecido como “loló”, “cola de sapateiro”, “cheirinho” e “lança
perfume”.A inalação do clorofórmio causa desde excitação, euforia,
impulsividade, agressividade, confusão, desorientação, visão embaralhada, perda
de autocontrole, alucinação, sonolência, inconsciência até convulsões,
decorrentes de estágios mais graves onde há intoxicação.
CODEINA
A
codeína é um alcalóide natural que compõe o ópio. É utilizado no tratamento da
dor e para tosses secas sem expectoração. Os métodos de administração são
oral ou endovenoso. O efeito é de 3 a 6 horas.
Os xaropes e gotas que contém codeína
só podem ser vendidos com receita controlada. Os produtos comerciais à base de
codeína são o Belacodid, Codelasa, Gotas Binelli, Pambenyl, Setux, Tussaveto,
Belpar, Tylex.
Os efeitos da codeína são dilatação da pupila, má digestão, e prisão de ventre.
A codeína age no cérebro bloqueando o Centro da Tosse, área que comanda os
ataques repentinos de tosse.
Quando utilizadas em doses maiores que a terapêutica, age também impedindo as
regiões do cérebro que comandam as funções dos órgãos, ocasionando sonolência,
diminuição dos batimentos cardíacos, da temperatura do corpo, da pressão do
sangue e da respiração, podendo levar a pessoa ao estado de coma.
Os sintomas comuns da síndrome de abstinência quanto ao uso da codeína são:
calafrios, cãibras, cólicas, irritabilidade e insônia.
COGUMELOS
Os cogumelos são usados há milhares
de anos como alucinógenos. O grau de alucinação e de efeito dos cogumelos
depende do organismo de cada pessoa. Não causa dependência e nem síndrome de
abstinência. Existem vários tipos de cogumelos usados entre eles:
Amanita Muscaria_ Possui dois tipos de alucinógenos sendo muscimol e ácido
ibotêmico. Esses alucinógenos estimulam os neurotransmissores GABA no sistema
nervoso central. Seus primeiros efeitos são desorientação, sono, falta de
coordenação. Posteriormente ocorre euforia intensa, falta de noção de tempo,
alucinações visuais e alterações de humor como a fúria, por exemplo. Se usado
em grande quantidade pode causar intoxicação e em alguns casos pode ser letal.
Psilocybe Cubensis_ Estimula os receptores de acetilcolina situados no cérebro
e no sistema nervoso. Seu uso provoca salivação, perda de controle da urina e
das fezes, lacrimejamento, cólicas, náuseas, vômitos, queda do ritmo cardíaco e
da pressão arterial. Seus alucinógenos são semelhantes ao LSD e provoca
euforia, sonolência, visão obscura, pupila dilatada entre outros e seu efeito
dura em torno de três horas.
Cola de sapateiro
O uso da cola de sapateiro é bastante frequente entre jovens.
A
cola de sapateiro é uma droga pertencente ao grupo dos inalantes, uma vez que é
utilizada dessa forma, com absorção pulmonar. Segundo pesquisa feita pelo
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, é a quarta
droga mais consumida em nosso país, depois do tabaco, álcool e maconha.
Composta por diversas substâncias, como o tolueno e n-hexana, proporciona
sensações de excitação, além de alucinações auditivas e visuais que, em contrapartida,
são acompanhadas de tontura, náuseas, espirros, tosse, salivação e fotofobia.
Tais efeitos são bastante rápidos, levando o indivíduo a inalar novamente.
Seu uso constante desencadeia em desorientação, falta de memória, confusão
mental, alucinação, perda de autocontrole, visão dupla, palidez, movimento
involuntário do globo ocular, irritação das mucosas, paralisia, lesões
cardíacas, pulmonares e hepáticas, dentre outros; podendo desencadear em
convulsões, inconsciência, e até mesmo morte súbita. Isso acontece porque tais
substâncias provocam a destruição de neurônios e nervos periféricos, além de
ser consideravelmente irritantes.
Sendo facilmente encontrada, também possui baixo custo, facilitando seu uso,
por exemplo, por meninos e meninas de rua e estudantes. Assim, é um sério
problema de saúde pública, inclusive considerando que atos infracionais
cometidos por adolescentes sob efeito desta droga são superiores aos demais.
Diante destes fatos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu
a Resolução RDC nº 345, de 15 de dezembro de 2005, que proíbe a comercialização
de substâncias inalantes que afetam o sistema nervoso central a menores de
idade. Este órgão também exige, neste documento, que as embalagens de tal
produto contenham número de controle, individual e sequencial; e que o vendedor
preencha, no ato da compra, os dados pessoais do comprador, com sua respectiva
assinatura. Além disso, esta resolução define inscrições relacionadas à
toxidade que deve conter em tais embalagens.
Crack
Aspecto do crack.
O crack deriva da planta de coca, é resultante da mistura
de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em
grãos que são fumados em cachimbos.
O
surgimento do crack se deu no início da década de 80, o que possibilitou seu
fumo foi a criação da base de coca batizada como livre.
O consumo do crack é maior que o da
cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante,
ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte por sua terrível ação
sobre o sistema nervoso central e cardíaco.
Devido à sua ação sobre o sistema
nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da
pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação,
maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de
poder e aumento da auto-estima.
A dependência se constitui em pouco
tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo
cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.
barbitúricos.
Barbitúricos
são substâncias utilizadas, desde o
início do século XX, para o tratamento da ansiedade e agitação de pacientes,
principalmente por indivíduos com problemas psiquiátricos. Produzidos a partir
do ácido malônico e da ureia, agem no sistema nervoso central, podendo causar
sono ou relaxamento, dependendo da dosagem ministrada.
O surgimento de outras drogas, como as
benzodiazepinas, e seu uso indiscriminado por determinados indivíduos, causando
diversos casos de morte por parada cardíaca, insuficiência renal, complicações
pulmonares e também suicídios; fizeram com que seu uso, hoje, fosse bastante
restrito.
Atualmente, os classificamos como: barbitúricos de longa ação (de oito a
dezesseis horas), estes utilizados no tratamento de epilepsia, úlceras pépticas
e hipertensão arterial; de ação média (quatro a seis horas), ministradas para o
tratamento de insônias; e barbitúricos de curta ação (imediata), utilizados
como anestésicos e/ou sedativos.
A dosagem indicada, geralmente, se
limita a 100 e 200 miligramas ao dia. Dosagens que ultrapassam tais valores,
utilizadas por período contínuo, propiciam a tolerância, causando também
dependência física e psicológica, e problemas como anemia, depressão, falta de
coordenação motora, irritabilidade e confusão mental; sendo que, aliados ao
álcool e a anfetaminas, o risco de morte é muito alto.
Os sintomas da abstinência incluem ansiedade, sudorese, perda de apetite,
hiperatividade, convulsões, paranoia, câimbras, dentre outros; e podem durar
até duas semanas. Esta situação requer tratamento médico e hospitalização.
ALUCINANTES
Benflogin é usado como alucinante pelos jovens.
O cloridrato de benzidamina
(Benflogin) é um antiinflamatório indicado para região de orofaringe,
doenças periodontais, combate a
infecções e é indicado até para acalmar coceiras em crianças. A dose
máxima diária é de 200 mg. Estudos mostram que a ingestão de 500 mg de
Benflogin, leva ao desenvolvimento de alucinações e se associado ao
álcool essas são mais intensas. Isso acontece graças aos efeitos psicoativos de
seu princípio ativo, o cloridrato de benzidamina, por isso a utilização desses
medicamentos em altas dosagens tem sido muito comum entre os adolescentes e jovens, principalmente na vida
noturna. Já se tem relatos de jovens que incrementam seus fins de semana com a
ingestão de oito a quinze comprimidos da ''poção mágica'', tomada com bebida
alcoólica ou refrigerante.
Na super-dosagem, há o aumento
da produção e
da liberação de dopamina no cérebro, acelerando a atividade no sistema límbico
que controla as funções, como memória e emoções. As experiências armazenadas
sofrem deformações, causando alteração da percepção da realidade e
conseqüentemente alucinações visuais. Entre os efeitos alucinógenos descritos,
os principais são raios e luzes coloridas, após a movimentação do globo ocular
e o chamado pelos usuários de "Efeito Bruce Lee”, no qual são visualizadas
cenas em câmera lenta.
Quando acaba o estoque de dopamina, a
pessoa sente cansaço, sonolência, irritação, tonturas, dores de estômago e
falta de apetite. Gastrite, úlcera, sangramento intestinal, convulsões e
falência dos rins são sintomas provenientes do abuso prolongado desse
medicamento.
Alguns médicos questionam
a venda do remédio. Ele foi desenvolvido há 40 anos e, de lá para cá, foram
descobertos novos antiinflamatórios menos perigosos. Mas o uso de Benflogin nas
doses prescritas pelos médicos é considerado seguro. Consta na bula, de forma
bem clara e objetiva, que o medicamento não deve ser associado a bebidas
alcoólicas, e afirma também que a super-dosagem causa alucinação. O que deveria
haver é um maior controle sobre a produção e distribuição. A receita médica
deveria ser obrigatória para a aquisição desse produto.
Boa noite
cinderela
Boa noite cinderela: um golpe bastante frequente.
O boa noite cinderela, também conhecido por “rape
drugs” (drogas de estupro), é o nome dado a um golpe no qual um sujeito –
geralmente simpático e de boa aparência - coloca, juntamente à bebida de outro,
um coquetel de drogas capaz de deixar este vulnerável o suficiente para ser
roubado e/ou violentado sexualmente.
Algumas destas drogas são o Lorax,
Lexotan, GHB (ácido gama-hidroxibutírico), Ketamina (Special K) e Rohypnol
(Flunitrazepam): depressoras do sistema nervoso central. Encontradas,
geralmente, na forma de comprimidos ou gotas, ao serem ministradas juntamente
com bebidas alcoólicas alteram o nível de consciência, por até três dias, e
podem causar intoxicação ou morte por desidratação. Por se dissolverem
facilmente; e serem incolores e inodoras, identificar um copo que recebeu tais
doses é tarefa quase impossível.
De ocorrência relativamente frequente, este golpe ocorre geralmente em festas,
boates, bares e praia; fornecendo como efeitos iniciais os mesmos que o álcool
proporciona. Em um segundo momento, o indivíduo sente-se sonolento e com
dificuldades de reagir a ameaças físicas e/ou psicológicas, obedecendo
basicamente a todos os comandos ditados pelo golpista.
Devido ao constrangimento das vítimas
e também à falta de clareza quanto à sucessão dos fatos, poucas são as pessoas
que registram queixas relacionadas a este golpe em delegacias de polícia. Assim,
as estatísticas são subestimadas, e a ação da polícia é restrita.
Para evitar ser vítima deste tipo de
crime, tenha cautela: não leve desconhecidos até sua casa, não aceite bebidas
de estranhos, e não descuide de seu copo!
Substancias ilícitas
Substâncias ilícitas são muito utilizadas para melhorar o rendimento dos
atletas
A dopagem ou dopagem bioquímica é a
utilização ilícita de substâncias, independente da quantidade ingerida, que
melhoram de alguma forma o rendimento físico de atletas, sendo esses pessoas ou
animais. São consideradas substâncias dopantes: betabloqueadores, diuréticos,
estimulantes, injeção de sangue, narcóticos e esteróides anabolizantes.
Os betabloqueadores paralisam os
efeitos da adrenalina, baixam a pressão sanguínea e diminuem os batimentos
cardíacos auxiliando assim as categorias esportivas que exigem maior exatidão.
Os diuréticos são substâncias que
reduzem a massa corporal e a eliminação de substâncias dopantes através da
urina. Os estimulantes aumentam os estímulos recebidos pelo sistema cardíaco e
metabólico fazendo com que os efeitos da adrenalina e excitação aumentem e as
sensações de dor e de esforço físico diminuam.
A injeção de sangue é utilizada para
aumentar a quantidade de glóbulos vermelhos no organismo melhorando a
circulação do oxigênio. Os narcóticos são utilizados com a finalidade de
diminuir a dor em casos de lesões.
Os esteróides aumentam o tamanho dos
músculos, o número de hemácias e melhoram a respiração.
Para detectar tais substâncias
dopantes no organismo dos atletas são
realizados vários exames denominados anti-doping que procede da seguinte
maneira: o atleta é encaminhado ao controle de doping acompanhado por um
representante do evento do mesmo sexo que verificará a retirada da urina bem
como a quantidade depositada no frasco e o ph. Após este primeiro procedimento,
a amostra reage quimicamente dando o resultado positivo ou não. Em casos de
resultados positivos o laboratório faz outro tipo de exame, e somente após o resultado
desse a agência de controle é comunicada e essa pede novos exames.
Drogas naturais
Drogas
naturais são aquelas que não são produzidas em laboratório e que provocam
efeitos alucinógenos de uma forma natural, sem a composição de produtos
químicos. Esses tipos de drogas se diferem das drogas sintéticas, que são
produzidas através de meios químicos. Os principais exemplos de drogas naturais
são:
- Ópio: Extraído dos frutos da papoula, possui uma potente ação
analgésica e depressora sobre o Sistema Nervoso Central;
- Maconha: Extraída das plantas da espécie Cannabis sativa, é uma
das mais comuns drogas da atualidade.
Maconha: Substância proibida por lei
As drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem
produzidas, comercializadas e consumidas. Em alguns países, determinadas drogas
são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura.
Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do
sistema nervoso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o
organismo.
São drogas ilícitas: maconha, cocaína,
crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, skank, chá de
cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras. Por serem proibidas, as
drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a
comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das
autoridades. Dentre as conseqüências que as drogas ilícitas trazem pode-se dar
ênfase à violência gerada por elas em todas as fases de produção até o
consumidor final. As demais conseqüências são: arritmia cardíaca, trombose,
AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão, disforia,
alterações nas funções motoras, perda de memória, disfunções no sistema
reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas
e exaustão.
É importante esclarecer que a
dependência das drogas é tratável, ou seja, através do auxílio médico e
familiar uma pessoa pode deixar o vício e voltar a ter uma vida normal sem que
necessite depositar substâncias que criam falsas necessidades no organismo e
impedindo que o rendimento do organismo seja comprometido.
Drogas lícitas
As drogas lícitas são substâncias que podem
ser produzidas, comercializadas e consumidas sem algum problema. Apesar de
trazerem prejuízos aos órgãos do corpo são liberadas por lei e aceitas pela
sociedade. São consideradas drogas lícitas qualquer substância que contenha
álcool, nicotina, cafeína, medicamentos sem prescrição médica, anorexígenos,
anabolizantes e outros.
Numa pesquisa realizada pela
Organização Mundial de Saúde notou-se quão grande é o mercado das drogas
permitidas, pois essas promovem maior necessidade ao usuário e maior custo, já
que são encontradas em todos os bairros espalhados pelas cidades.
Para ter conhecimento acerca das
conseqüências promovidas pelas drogas lícitas pode-se iniciar relatando que, ao
depositar qualquer substância no organismo cria-se nesse, necessidades falsas,
alterando todo o funcionamento físico e psíquico. Podemos citar: ataque
cardíaco, doenças respiratórias, enfisema, câncer, impotência sexual,
alterações na memória, perda do autocontrole, gota, rompimento das veias, danos
no fígado, rins e estômago, cirrose hepática, úlceras, gastrites,
irritabilidade, dor de cabeça, insônia, ansiedade, agitação e outros.
As drogas permitidas por lei são as
mais consumidas e as que mais resultam em fatalidades diárias, já que através
das alterações realizadas no organismo um indivíduo perde o controle e acaba
por fazer coisas que no normal não seriam feitas. Além disso, o organismo tende
a ficar mais preguiçoso já que as drogas lícitas relaxam o organismo de forma
exagerada.
Droga sintética
Droga sintética em forma de pílula
As drogas sintéticas são aquelas produzidas a partir de uma ou várias
substâncias químicas psicoativas que provocam alucinações no homem por
estimular ou deprimir o sistema nervoso central. Existem também as drogas
semi-sintéticas que são produzidas através de drogas naturais quimicamente
alteradas em
laboratórios. As drogas sintéticas possibilitam que uma
pessoa veja, ouça e sinta algo sem que haja estímulo por perto para tais
sensações. Existem pessoas que acreditam que essas drogas são menos
prejudiciais ao organismo e que ainda são menos favoráveis à dependência, mas
estão enganados, pois agem da mesma forma que as drogas tradicionais trazendo
inúmeros malefícios ao organismo. Podem
ser utilizadas sob as formas de injeção, comprimido ou pó, variando seu efeito
e seus malefícios de acordo com a substância utilizada. São principalmente
consumidas por jovens e adolescentes em seus períodos de divertimento que a
partir do roteiro de lazer definido determinam a droga a ser utilizada. As
drogas sintéticas são: anfetaminas, LSD, GHB, ecstasy, anabolizantes, ice,
quetamina, inalantes, efedrina, poppers. São drogas semi-sintéticas: crack,
cocaína, cristais de rachiche, heroína, maconha (modificada), morfina, codeína
e outras.
Maconha
Em 1735, o botânico Carl Lineu nomeou a Maconha como Cannabis sativa. A mesma foi chamada
deCannabis indica, pelo biólogo francês, Jean Baptiste
Lamarck.
Assim como outras plantas, a maconha
possui dois gêneros: macho e fêmea. Em um mesmo pé pode ter ambas as estruturas
sexuais. É a flor do macho que produz o pólen que fecunda a fêmea, quando a
flor da fêmea é fecundada ela se enche de sementes e depois morre.
Quando não ocorre fecundação da
fêmea, essa excreta uma grande quantidade de resina pegajosa composta por
dezenas de substâncias diferentes. Dentre as várias substâncias, existe a THC
(delta-9-tetrahidrocanabinol) que serve de filtro solar para a planta, pois
essa é de clima desértico. Apesar do THC estar presente em toda a planta é na
flor da fêmea que se encontra a maior concentração da substância. A real droga
da maconha é essa flor.
O THC tem uma propriedade bem curiosa, gruda
em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, até mesmo do homem,
tais moléculas são conhecidas como receptores de canabinóides, quando ocorre a
ligação o receptor opera sutis mudanças químicas dentro da célula, mas não se
sabe dizer ao certo quais são elas. Em 1992, o pesquisador israelense Ralph
Mechoulam descobriu o motivo pelo qual temos tal receptor. O receptor serve
para ligar-se à outra molécula, a mesma fabricada pelo próprio cérebro,
muito semelhante ao THC. A molécula foi batizada por Rauph de anandamida
(ananda, em sânscrito, significa “felicidade”). Enfim, o cérebro produz
uma substância com efeitos parecidos com os do THC, em doses bem menores.
Não se sabe qual a finalidade da anandamida no cérebro, mas está relacionada ao
controle da dor. Pelo fato de haver
receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a pensar que
a anandamida desempenha um papel mais abrangente do que parece.
Além das formas de uso mais
conhecidas há uma especial, a do cânhamo, que é utilizado na produção de
tecidos. Supostamente foi pelo fato de
Cristóvão Colombo usar tecidos derivantes do cânhamo em suas velas e cordas,
assim, juntamente com as embarcações as sementes da maconha também vieram. A
idéia era de plantar as sementes, pois se tivesse que ser feita alguma
reparação nas velas e cordas, eles teriam o material. Enquanto a maconha era
utilizada por pessoas mais pobres, ela não causava tanto medo, repúdio e
preconceito. Porém, quando as pessoas de classe média começaram a fazer o uso
da droga, surgiu um motivo de preocupação. Há indícios de que há muitos anos a
maconha se faz presente em quase todo o mundo, sua disseminação se deu através
de viajantes, esses levavam sementes da maconha, desse modo essa se fazia
presente em quase todos os continentes. Por muitos anos a maconha foi
considerada legal, sua ilegalidade em vários países, incluindo o Brasil, se deu
por volta do século XX. Mas ainda existem países onde a maconha é legal, em
outros ela é comercializada unicamente como remédio (auxiliando pacientes no
tratamento de doenças, controlando a dor).
No Brasil, a maconha se faz tão
presente por existir muitas áreas sem qualquer tipo de vigilância. Com isso
fica mais fácil o escoamento da droga. Durante um bom tempo a maconha era
comercializada com um preço insignificante. Vários países tentaram mais nenhum
conseguiu erradicar a maconha de seu território. A maconha é conhecida em
muitos países como “marijuana”. Há boatos de que as tropas revolucionárias de
Pancho Villa que chacoalharam as estruturas do poder em 1910, eram adeptos de
um baseado no intervalo das batalhas; assim surgiram os conhecidos versos: La
cucaracha/ la cucaracha/ ya no puede caminar/ Porque no tiene/ Porque le falta/
marijuana que fumar, atribuídos à Villa.
O efeito causado pela maconha em pessoas que a fuma é variado. Para
evitar problemas relacionados à saúde física
e mental, é recomendável que a pessoa não faça o uso de drogas (no caso em
questão a cannabis), pois pode agravar os problemas relacionados à saúde.
Efeitos
Os efeitos causados pelo consumo da
maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente
ligados à dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do
organismo do consumidor com a presença da droga.
Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos,
ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que
sobem de 60 - 80 para 120 - 140 batidas por minuto).
Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados.
Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema
respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da
capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável
de alcatrão presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais
sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.
O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A
testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela
produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de
testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma
capacidade reprodutiva menor. Os
efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo
e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar
inicial, relaxamento, calma e vontade de
rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma
perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta
de atenção. Em longo prazo o consumo de
maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar
a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do
cotidiano.
Ecstasy
Pílulas do Ecstasy
O ecstasy é uma substância psicoativa
designada como 3,4 metilenodioximetanfetamina. Foi sintetizada pela empresa
Merck em 1914, e é chamada droga de recreio ou de desenho, pois possui ação
estimulante e alucinógena.
É consumido injetado, inalado, e por
via oral. Apresenta- se em forma de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou
pó.
O ecstasy, a nível cerebral, age
aumentando a produção e a diminuição da reabsorção da serotonina, dopamina e
noradrenalina. Seus efeitos surgem após vinte e setenta minutos, atingindo
estabilidade em duas horas, pode agrupar efeitos da cannabis, das anfetaminas e
do álcool.
Os efeitos físicos são taquicardia,
aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação
das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar,
tremores, transpiração, câimbras ou dores musculares.
Quanto aos efeitos psíquicos, o
ecstasy ocasiona sensação de intimidade e de proximidade com outras pessoas,
aumento da comunicação, da sensualidade, euforia, despreocupação, autoconfiança
e perda da noção de espaço.
Em longo prazo podem ocorrer alguns
efeitos tais como lesões celulares irreversíveis, depressão, paranóia,
alucinação, despersonalização, ataques de pânico, perda do autocontrole,
impulsividade, dificuldade de memória e de tomar decisões.
Heroína
A heroína causa dependência física e psíquica.
A heroína é uma droga derivada da papoula,
sintetizada a partir da morfina: substância bastante utilizada no século XIX
pelas suas propriedades analgésicas e anti- diarréicas. Como outras drogas
originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais
específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e
respiratório.
Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e
psíquica de forma bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década
de vinte. Entretanto, principalmente no sudeste asiático e Europa, essa
substância é produzida e distribuída para todo o mundo clandestinamente.
Apresentando-se em sua forma pura como
um pó branco de coloração esbranquiçada, é utilizada mais frequentemente de
forma injetável, após aquecimento. Além disso, alguns usuários a
inalam ou aspiram.
Seus efeitos duram aproximadamente
cinco horas, proporcionando sensações de bem-estar, euforia e prazer; elevação
da auto-estima e diminuição do desânimo, dor e ansiedade.
Como esta droga desenvolve dependência
e tolerância de forma bastante rápida, o usuário passa a consumi-la com mais
frequência com o intuito de buscar o mesmo bem-estar provocado anteriormente, e
também de fugir das sensações provocadas pela abstinência. Essa, que surge
aproximadamente vinte e quatro horas após seu uso, pode provocar diarréia,
náuseas, vômitos, dores musculares, pânico, insônia, inquietação e taquicardia.
Assim, formas de obtê-la passam a ser
o foco de suas vidas, gerando consequências sérias. Constantes vômitos, diarréias
e fortes dores abdominais, perda de peso, depressão, abortos espontâneos,
surdez, delírio, descompassos cardíacos, incapacidade de concentração,
depressão do ciclo respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de
problemas relacionados às interações sociais e familiares são algumas
consequências que o usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso
de pessoas que
a utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se
adquirir diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da
utilização de seringas compartilhadas.
A maioria dos casos de morte por overdose é consequência de paradas
respiratórias decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso concomitante com
outras drogas.
MERLA
A merla é derivada da cocaína. É uma junção
das folhas da coca com alguns produtos químicos como ácido sulfúrico,
querosene, cal virgem entre outros que ao ser misturado se transforma numa
pasta onde se concentra em torno de 40 a 70% de cocaína. É ingerida pura ou
misturada num cigarro normal ou num cigarro de maconha.
É uma droga super perigosa causando dependência física e
psíquica ao paciente, além de danos ao organismo irreparáveis. É absorvida pela mucosa pulmonar rapidamente
e assim como a cocaína é excitante ao sistema nervoso. Causa euforia,
diminuição de fadiga, aumento de energia, diminuição do sono, do apetite e
consequentemente causa perda de peso bastante expressiva e psicose tóxica como
alucinações, delírios e confusões mentais.
Durante o uso da merla, o usuário pode ter
convulsões e perda de consciência. As convulsões podem levar o usuário a ter
uma parada respiratória, coma, parada cardíaca e a morte. Ao passar o efeito da
merla, o usuário sente medo, depressão e paranóia de perseguição que em alguns
casos leva o usuário ao suicídio.
O usuário da merla normalmente
apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos avermelhados, lacrimejados e
irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e inquietação. Ao
longo do tempo o usuário perde seus dentes pois na merla existe um composto
misturado chamado ácido de bateria que começa a furar os dentes até que a perda
total aconteça.
Morfina
A morfina pode ser ministrada na forma injetável ou via oral.
A morfina foi descoberta em 1805, pelo
assistente de farmácia Freidrich Sertuner, ao isolar este alcaloide a partir da
resina da papoula (Papaver somniferum). Em alusão à
sonolência que este causava, Sertuner denominou este opiácio em homenagem ao
deus dos sonhos: Morfeu.
Atuando em receptores específicos do sistema
nervoso, a morfina pode se apresentar na forma injetável ou em comprimidos,
sendo utilizada como analgésico para o tratamento de dores crônicas,
principalmente de pacientes terminais.
Amplamente popularizada na década de 50, até hoje é requisitada nestes casos supracitados.
O médico Dráuzio Varella, por exemplo,
aponta que não há outro fármaco capaz de romper as dores intensas e
persistentes; mas afirma que a ignorância médica e burocracia fazem com que
muitos indivíduos sejam negligenciados quanto à sua dor. Isso acontece porque a
morfina tem um grande potencial em causar dependência física e psicológica em
seus usuários, sendo assim rigidamente fiscalizados os estabelecimentos que a
vendem. Desta forma, e também considerando seu baixo custo, muitos optam por
não ofertá-la – e a classe médica forma o grupo mais representativo de usuários
do uso entorpecente da morfina.
Com efeitos de duração que varia entre
quatro e seis horas, alivia também a ansiedade e provoca a sensação de
bem-estar. Entretanto, é capaz de causar problemas relacionados à concentração,
náuseas, constipação intestinal, depressão do sistema respiratório e cardíaco e
até mesmo a morte, caso seja ministrada de forma incorreta. Em caso de pessoas
já dependentes, a crise de abstinência provoca tremores, náuseas,
irritabilidade, insônia, hipersensibilidade à dor, taquicardia, diarréia,
dentre outros. Nesta situação, o paciente necessitará ser internado, onde a
desintoxicação deverá ser feita de forma progressiva.
Dopagem
Também
chamado de “dopagem” é a administração ilícita de uma droga estimulante ou
estupefaciente com vistas a suprimir temporariamente a fadiga, aumentar ou
diminuir a velocidade, melhorar ou piorar a atuação de um animal ou esportista.
A comissão médica do comitê olímpico
internacional instituiu durante os jogos olímpicos do México (1968) a aplicação
de testes anti-dopagem sistemáticos, decidindo que seriam excluídos dos jogos
os atletas comprovadamente dopados.
Nos últimos anos, com os atletas sendo
patrocinados pôr grandes empresas, alguns
mestres das diversas modalidades, visando interesses empresariais na
divulgação de sua arte marcial, e também com o advento das competições de “free
style”, ocorreu uma profissionalização equivocada dos profissionais envolvidos com as artes marciais, bem como
seus atletas. Difícil dizer-se da
ignorância ou má fé dessas pessoas. O fato é que, cada vez mais, os atletas de
diversas modalidades têm se valido de meios ilícitos para auferir vantagens nas
diversas competições, e assim atendendo interesses de forma escusa.
Cabe ressaltar que essas substâncias são
consideradas dopantes, de forma qualitativa e não quantitativa, ou seja, não se
considera a quantidade, mas sim o que aparece, mesmo porque os métodos
laboratoriais de detecção não chegam a um resultado 100% conclusivo para se
determinar a razão do uso do medicamento-tratamento ou dopagem.
Agruparemos as substâncias dopantes em
5 grupos principais:
-
ESTIMULANTES PSICOMOTORES: a anfetamina, a cocaína, os moderadores de apetite.
- AMINAS SIMPATICOMIMÉTICOS: estimulam o sistema nervoso central, como
vasoconstritores nasais que tem efedrina.
- OUTROS ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: a cafeína, a aminofilina.
- ANALGÉSICOS-NARCOTICOS: a codeína, a morfina, a heroína, etc.
- ESTERÓIDES ANABÓLICOS: os hormônios masculinos, que veremos adiante.
Com exceção dos esteróides, os efeitos dos outros grupos
assemelham-se.
As anfetaminas (que são bolinhas) são estimulantes do SNC. Infelizmente, ainda
são muito usadas e provocam a elevação da pressão arterial, de freqüência
cardíaca, do atleta, diminuem, diminuem o medo e aceleram o metabolismo das
células. Doses pequenas já produzem esses efeitos depois de 30 minutos. Efeitos
colaterais não faltam: tonturas, dores de cabeça, insônia, mal estar, cansaço
fácil e, principalmente a dependência da droga, que quase sempre evolui para
drogas mais potentes e mais perigosas. Muitas vezes os efeitos são mais
psicológicos do que fisiológicos.
O uso de estreardes anabólicos-adrogênicos pêlos atletas
em todo o mundo vem se tornando cada vez mais freqüentes, apesar de todas as recomendações
médicas em contrário e do vigor das leis de controle de dopagem.
Essas substâncias são derivadas da testosterona, um hormônio sexual masculino
que é fabricado pêlos testículos. No homem, é produzido durante a vida inteira,
mas principalmente por volta dos 11 e 13 anos, tendo como funções principais: a
descida dos testículos para dentro dos escrotos, o crescimento dos testículos e
do pênis, a distribuição dos pêlos, participação no crescimento ósseo,
desenvolvimento da musculatura após a puberdade. Daí a definição de esteróides
anabólicos (crescimento e desenvolvimento) e androgênicos (caracteres sexuais
masculinos).
Entretanto, os atletas no desespero de
melhora rápida da massa e da força, e na incessante luta por melhorar seus
recordes, acabam por usar doses elevadas, algumas, algumas vezes com exagero
sem sentido. Em certos casos, as doses são tão altas que os músculos acabam
ficando refratários a qualquer hipertrofia.
As modalidades que mais tem utilizado
desse método são o halterofilismo, lutas, remo, atletismo e ciclismo.
No homem, os efeitos secundários são:
Aumento das lesões traumatológicas dos tendões e dos ligamentos, porque o
desenvolvimento dos músculos não é acompanhado do desenvolvimento dessas
estruturas.
Diminuição da estatura, Lesões do fígado, como hepatite e câncer.
Redução do tamanho dos testículos, redução na produção dos espermatozóides e
lesões graves da próstata.
Na mulher, o uso é muito perigoso,
principalmente antes e durante a puberdade. Produz parada de crescimento,
aspecto masculino, engrossamento da voz, aumento da distribuição dos pêlos e
aumento do clitóris.
A reversibilidade de qualquer desses efeitos negativos depende da quantidade
usada, do tempo de uso, de características metabólicas individuais e da
extensão das lesões.
Anfetaminas
É uma droga
derivada de anfetaminas que estimula o sistema nervoso central fazendo com que
ele tenha um ritmo mais acelerado de trabalho. Seu nome varia de acordo com seus
usuários.
São usadas por
motoristas que pela necessidade de dirigir bastante entre dias e noites sem
descanso tomam a droga, por estudantes que
passam dias e noites estudando e
por pessoas que
querem emagrecer por conta própria.
Normalmente são ingeridos com
bebidas alcoólicas para potencializar seu efeito. Conhecida pelos motoristas
como rebite e pelos estudantes e outros como bolinha, a droga é sintética, ou
seja, é produzida em laboratório onde algumas podem até se comercializadas como
remédios.
O rebite afeta várias áreas comportamentais do organismo. A pessoa
apresenta um quadro de insônia, perda de apetite, fala rápida, sente-se
revigorado fazendo com que o organismo trabalhe de forma excessiva e acida de
suas condições reais.
Após passado o efeito, muitos tomam
outra dose para continuar seus afazeres, porém a droga passa a ter sua
eficiência reduzida pelo fato de que o organismo já está cansado, fraco e sem
condições de manter o pic desejado.
Entre os efeitos já citados, podemos
ainda mostrar o que ela inda pode fazer no organismo. A droga produz a
dilatação dos olhos causando maior ofuscamento, taquicardia, aumento da pressão
sanguínea, agressividade, irritação, delírio persecutório, alucinações,
paranóia, palidez e degeneração das células cerebrais. O uso contínuo dessa droga leva o organismo
a acostumar-se com tal substância fazendo com que o usuário tome doses cada vez
maiores. Tal fato atenta par o vício e para a síndrome da abstinência. Algumas
pessoas quando não consomem a droga ficam depressivas ou irritadas, entretanto,
não é uma regra geral
Skank
Skank é uma
droga mais potente que a maconha, ambas são retiradas da espécie Cannabis sativa e, por esse motivo, possuem em suas
composições o mesmo princípio ativo - THC (Tetra-hidro-canabinol).
O que torna
o Skank uma forma mais concentrada de entorpecente?
A diferença é proveniente do cultivo da planta em laboratório. O
preparo da Cannabis sativa para obtenção do Skank é feito em estufas com
tecnologia hidropônica (plantação em água).
Segundo
estudos, no skank há um índice de THC sete vezes maior que na maconha. A
porcentagem chega até 17,5%, sendo que na maconha é de 2,5%. Sendo assim, a
quantidade necessária para entorpecer o indivíduo é bem menor.
Ações no organismo: A
droga começa a ser absorvida pelo fígado até que o composto THC alcance o
cérebro e o aparelho reprodutor.
Efeitos colaterais: como
já foi dito, a espécie Skank é mais entorpecente que a maconha, seu uso leva a
alterações da serotonina e da dopamina no organismo, e fazem o indivíduo ter
dificuldades de concentração por provocar danos aos neurônios. Provoca também
lapsos de memória e afeta a coordenação motora.
Em geral,
os efeitos da droga Skank são semelhantes aos da maconha: excitação, aumento de apetite por doces, olhos vermelhos, pupilas
dilatadas, alucinações e distúrbios na percepção de tempo e espaço.
COCAINA
Cocaína é uma droga psicoativa que estimula e vicia, promovendo alterações
cerebrais bastante significativas. A mesma é extraída da folha da coca, e
se consumida por muito tempo, ocasiona danos cerebrais e diversos outros
problemas de saúde.
A droga é originária da planta Erythroxylon
coca, nativa da Bolívia e do Peru. A mesma pode ser utilizada via
intranasal, intravenosa e pulmonar, também podendo, em casos mais raros, ser
usada via oral.
Devido aos efeitos de euforia e prazer que a cocaína proporciona, as pessoas
são seduzidas a utilizá-la para vivenciar sensações de poder, entretanto tais
efeitos têm pouca duração. Logo o indivíduo entra em contato com a
realidade, aspecto que desperta uma grande ansiedade em poder
utilizá-la novamente.
Aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilatação da pupila, elevação ou
diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, perda de peso e
apetite são alguns dos efeitos biológicos da cocaína.